Dr. João Pedro Lagarelhos
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Um Psicólogo de palavras

Todos os conteúdos deste espaço são da total iniciativa do autor - Dr. João Pedro Lagarelhos

Estar só é viver fechado em muros fortes de vazio

14/7/2020

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Estar só não significa solidão.

Estar só é viver fechado, obcecado consigo próprio. 
E isto porque o cérebro tem este mecanismo de tudo fazer para sobreviver mesmo que para isso sobreviva sobre vidas que não lhe vistam.
​
A solidão

A solidão anda à espreita mas não é assim tão perspicaz. 
Não demos créditos que ela não tem. 
A solidão é forte mas não deixa ninguém só. 
Estar só é ultrapassar a solidão num estado solitário de vida anti social ​virada para dentro em muros fortes de vazio.
Estar só não é falta de companhia. 
Estar só é não haver opções nas opções disponíveis. 
Estar só é viver sozinho no meio de alguém. 
E as pessoas que estão sós ficam tão viciadas no terror de estar a sós que se fecham na solidão própria de estar só na sua solidão.
Ficam por isso como que obcecadas com as dores próprias, obcecadas com a sua sobrevivência inconsciente, obcecadas numa obsessão mascarada consigo próprias. 

Estar só é a solitária da solidão que traz espaço para o marasmo mental, a perda de identidade e a desorganização.


O risco da solidão é o de se ser esquecido. 
É o risco de não ser lembrado que é sempre pior que o eco do vazio que precisa ser atestado.
​
O risco de perder vínculo emocional íntimo que é necessário à nossa espécie.
E é nesta espécie de depósito por encher que vale tudo para o seu preenchimento. 
Preencher a necessidade de vínculo e de pertença social em redes fortes de apoio precisa-se.
​
Solidão e redes sociais

Solidão e redes sociais


​Há uma ousadia vocabular no chamar de “redes sociais” aos canais que ligam e conectam, de certa forma, as pessoas entre si. 
​
É preciso ousadia para viver apenas e só nesses meios. 
Esses meios não trazem as dores sociais das redes, não trabalham o estar em socialização, não obriga a transformação pessoal de se olhar de outra perspectiva, de gerir o Eu interior na presença dos Eus exteriores. 
As redes sociais atuais digitais não chegam, são pouco, não bastam. 
A vida fora desses meios é mais agreste. 
Muito mais perigosa. 
Menos glamourosa. 
Muito menos controlável. 

Viver apenas e só nos meios atuais de socialização digital
é viver na sombra da luz natural.


Viver a vida fora desses meios é também mais real. 
É aquela vida que te escapa senão estás fit. 
Aquela vida que te escorrega se te distrais.
E aquela vida que te escangalha quando menos esperas e te obriga a recomeçar uma e outra vez. ​
​
O álbum da vida real não tem folhas para tanta vida. 
É por isso que existe o desapego. 
A saudade e a solidão.
​
O desapego faz mais parte desta vida. A real. 
​
​A saudade só faz parte desta vida. A real. 
​
​​A solidão faz parte da vida, em geral, mas é vivida nesta vida. A real.
​
A solidão é um mal menor quando é passageira e transitória. 
Quando se instala e se acomoda é cristalizar o vazio, a perda e a despertença.
Quando se instala e se acomoda é passar ao estado de estar só. 
E estar só dificulta o cambiar de mundos internos que necessitam interligar-se a mundos internos do exterior.
 Os outros. A Vida. O Mundo. ​
​

solidão faz parte da vida

A solidão não deve ser crónica diária de vida. 
Pode ser pontual, nunca crónica.
​

A solidão é uma manifestação psicológica do isolamento social, um reflexo da insatisfação que alguém experimenta em relação à frequência e proximidade com os seus contactos sociais. 
Quando os há, quando os tem. 
​
A solidão é cientificamente a discrepância entre os relacionamentos que se tem e os que se gostaria de ter, como se gostaria de ter. 
É por isso diferente o ter um sentimento de solidão, do ser uma pessoa em solidão. 
​
A solidão deve ser largada na sua própria companhia e para isso torna-se necessário elasticidade emocional. 
Pequenos movimentos que construam força e resiliência emocional. 
E trocar o estar só, por proximidade.
​

Estar próximo significa compreensão, entendimento, valorização, pertença.

Estar próximo é o segredo para a solidão.
É o antídoto para não estar só.
​
​Estar próximo é viver aberto à entrada de outros para estarem só...connosco!
​
Dr. João Pedro Lagarelhos

Dr. João Pedro Lagarelhos
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    O autor por detrás de UM PSICOLOGO é o Dr. João Pedro Lagarelhos, Psicólogo Clínico e Life Coach, Business Coach.

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